31 de março de 2009

UMA PARCERIA VENCEDORA

A Federação dos Veterinários da Europa promove uma competição fotográfica, no âmbito da celebração do Dia Mundial da Veterinária, sob o tema “Veterinários e detentores de animais, uma parceria vencedora”.

Já que pela Lusitânia nada acontece, veja a nota de imprensa aqui, limpe a poeira das objectivas e habilite-se... são duas as categorias a que pode concorrer: veterinários e criadores/animais de produção e/ou veterinários e detentores de animais de companhia/animais de companhia.

Aos que se dedicam à montagem (sim caro VetVelhaco, é consigo... mas não só, que outros dotes parecem animar a “Nova ANVETEM”), leiam bem o regulamento, acho que têm muitas chances... motivos de inspiração parecem não faltar.

DIA MUNDIAL DA VETERINÁRIA


Podia ser uma boa oportunidade para lançar um debate sério sobre o futuro da profissão Veterinária na Lusitânia.

A Associação Veterinária Mundial, que promoveu a criação do Dia Mundial da Veterinária, vem divulgando as iniciativas nos diferentes países.

Em Portugal... pouco! Pouquinho mesmo. Dois parágrafos na newsletter de Março da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) a título informativo.

A OMV não dá sinal de vida, não se sabe mesmo o que se passa. Quando se esperava exactamente uma abertura à profissão, um renovar de estilo e de processos junto dos membros da Ordem, aliás prometido, somos brindados com o mutismo de um Conselho Directivo inoperante e sem estratégia.

Nem ao menos quando da Europa (Semana Veterinária) e do Mundo (Dia Mundial da Veterinária) chegam os ecos de uma profissão viva e em mudança, dinâmica e projectando a sua imagem, se consegue que a OMV aproveite a oportunidade.

Não há um dia aberto numa Universidade?... ou em qualquer outra instituição Veterinária?... qualquer outra forma de mostrar aos cidadãos a intervenção da profissão a diferentes níveis. Nada?

Onde estão os debates sobre os múltiplos temas da actualidade Veterinária? Não posso deixar de aplaudir algumas iniciativas de Centro de Atendimento e de Médicos Veterinários dos Municípios, que só pecam por desenquadradas de uma estratégia promovida pela OMV.

Não perceberá o Sr. Bastonário que está a perder oportunidades e dessa forma a lesar gravemente a profissão? Não entenderá que ao abdicar de uma liderança forte e atenta quanto ao papel do Médico Veterinário na Sociedade está a hipotecar a credibilidade da própria profissão?

29 de março de 2009

EFEMÉRIDE

29 DE MARÇO DE 1830
Por diploma de D. Miguel, é criada a escola de medicina veterinária portuguesa.

28 de março de 2009

EDITAL... AZUL CELESTE

Celestiais são as contradições dos “sanitaristas” de serviço na Direcção-Geral de Veterinária.

No Edital nº 23 - Febre Catarral Ovina Língua Azul...

Em causa o trânsito de bovinos nascidos depois de 1 de Janeiro de 2009, que se destinem à movimentação para reprodução ou produção.

Pelo ponto 3.6 daquele Edital, “Os animais devem ser acompanhados durante o transporte por:
a) Declaração de deslocação modelo 253/DGV e guia sanitária de circulação modelo 250/DGV...” no caso de não terem sido vacinados entre os 3 e os 8 meses de idade,

Pelo ponto 5. do mesmo Edital, “É obrigatória a vacinação contra o serótipo 1 da língua azul de todos os bovinos entre os 3 e os 8 meses de idade...”

Ou seja, torna-se obrigatória uma medida, mas se não for possível cumprir então emita-se uma guia sanitária de trânsito. Como a guia obriga à presença do Médico Veterinário e exame médico, do mal o menos...

Alguém me poderá dizer quais são os sintomas que um bovino infectado com serotipo 1 apresenta?

LÍNGUA AZUL... CELESTE

Depois de aqui ter demonstrado a irracionalidade e desequilíbrio na aplicação das verbas destinadas a suportar as acções de vacinação contra a Língua Azul, não foi sem surpresa que constatei a concordância dos nossos vizinhos “dos Municípios”...

Mais surpreendente é o silêncio das diversas Associações, com a Ordem à cabeça, sobre o destino dessas verbas...

Em muitos casos canalizadas para pagar a estudantes, técnicos e enfermeiros Veterinários, e a Médico Veterinários recém-licenciados, que participaram numa campanha organizada à pressa e por isso com índices de qualidade baixos... do mal o menos, com decisões de última hora da Autoridade Sanitária Veterinária Nacional, era difícil esperar que as coisas fossem melhor organizadas.

O pior mesmo foram as adjudicações feitas a Organizações de Produtores Pecuários (OPP), em que o pagamento, só numa pequena percentagem (nalguns casos 0%), chegou às mãos de quem efectivamente realizou as acções, tendo os pagamentos sido canalizados para tapar os buracos financeiros das Cooperativas de que essas OPP são simples secções.

Os Serviços Veterinários na Região Norte chegaram a adjudicar o serviço a uma OPP que se sabia não pagava vencimentos há vários meses aos Médicos Veterinários e Técnicos Auxiliares, e cuja Médica Veterinária Coordenadora rescindira contrato, precisamente por falta de pagamento do salário.

Mais grave ainda... estas circunstâncias ocorrem, em muitos casos, com a complacência dos Médicos Veterinários dessas Organizações e quando assim não é, com o beneplácito dos Serviços Veterinários Regionais... talvez por razões de cumplicidade tácita motivada pela participação, ao fim-de-semana, de alguns desses dirigentes, nas acções de vacinação dos efectivos.

Sobre este delicado tema, também o silêncio cúmplice de Médicos Veterinários Municipais, Direcção-Geral de Veterinária e Ordem dos Médicos Veterinários.

27 de março de 2009

É SÓ SAÚDE!

A Comissão Europeia, em cooperação com a Federação dos Veterinários da Europa (FVE), como aqui foi referido, desencadeou uma campanha de promoção e divulgação da política europeia para a saúde animal que tem como objecto central o princípio: Humanos + Animais = Uma só saúde.

O material de campanha é este.

Pela natureza da iniciativa sempre esperei que, em cada país, Serviços Veterinários Oficiais e Associações representantes dos Médicos Veterinários (na Lusitânia, a Ordem), repercutissem os efeitos da mesma e em estreita colaboração (ou pelo menos coordenação) promovessem e divulgassem aquele material de campanha e respectivos eventos associados.

Enganei-me!

Depois da medíocre (e descoordenada) celebração da “Semana Veterinária” e da desastrosa promoção no sítio da Direcção-Geral de Veterinária, só faltava o total desinteresse e descoordenação das actividades subsequentes.

Os Médicos Veterinários desconhecem o que foi a “Semana Veterinária”, como desconhecem o impacto da nova política europeia na sua actividade.

Foi entretanto distribuído o calendário para 2009, segundo critérios desconhecidos (provavelmente não foram definidos) e que se enxertam na forma anódina como o anterior Conselho Directivo (CD) da Ordem e os actuais inquilinos (por pouco tempo) da Gomes Freire, promoveram o processo de transição de funções.

Assim, todos os contactos estabelecidos anteriormente pela Ordem com a Comissão Europeia não mereceram do actual CD grande interesse. O material de campanha foi solicitado de acordo com critérios que talvez só o anterior Bastonário conheça e sem que os Conselho Regionais tivessem sido envolvidos no processo (foram aliás surpreendidos com decisões tomadas de que foram informados só quando se tornou inevitável).

Foram assim distribuídos milhares de calendários sem se perceber com que critério e quais as vantagens para os Médicos Veterinários, exceptuando talvez o caso do Conselho Regional do Norte.

Parece que, embora só avisado à última da hora, assumiu nas suas mãos a distribuição dos exemplares contando com a participação dos Médicos Veterinários Coordenadores das Organizações de Produtores Pecuários, para que os fizessem chegar a outros colegas, criadores, pecuaristas e Médicos de Saúde Pública.

Pelo menos, neste caso, não se terá perdido o impacto da iniciativa ou deixado de sublinhar o significado da mesma, como aliás pode ter acontecido aqui e ali junto de organizações “privilegiadas” pelo anterior CD.

PRISON BREAK CANINO


Sem comentários...

22 de março de 2009

“VETERINÁRIO PRECISA-SE...” EM CRISE


A Comissão de Trabalhadores (CT) do “Veterinário precisa-se...” tomou conta das instalações e exige respostas imediatas da Comissão de Gestão (CG) face à situação de insolvência atingida pela empresa.

O único vogal do Conselho de Administração (CA), não demissionário, reuniu de emergência com o Conselho de Redacção (CR) tendo declarado que “...não há razões para declarar a insolvência da empresa...”, o vogal afirmou ainda que, “...consoante for tendo conhecimento da situação, assim alinharei o alfabeto de recuperação da empresa.”

Numa prosa que não agradou à CT, a CG solicitou uma Assembleia-Geral (AG) de accionistas, cujo presidente afirmou peremptório: “está posta de parte qualquer Operação Pública de Aquisição [OPA] hostil por parte doutros blogs, muito embora os accionistas Almavet e Vet_Velhaco tenham manifestado apoio à realização da referida AG.

Sequestrado durante uma hora (das 12.45h às 13.45h) nas instalações (cantina), o Administrador Delegado (AD), reuniu sucessivamente com a CT, a CG, o CR e o único sobrevivente do CA, tendo afirmado ao final do dia que “...se a CT, não entende as razões do CR e o CG não reflectir sobre os argumentos da CT, então não haverá AG que nos valha...”.

O presidente da AG referiu em voz baixa, para que ninguém o ouvisse, que se a CG não ouvir a CT, então não é possível decidir sobre a realização da AG... é simples disse, “...é preciso ouvir para decidir...”... pode falar mais alto disse o AD!

Em comunicado entretanto emitido a CT refere, “...se os ordenados do mês de Março não forem imediatamente garantidos, assim como os respectivos duodécimos do subsídio de férias, 13º mês e adiantamentos por conta, os trabalhadores encetaram uma birra por tempo indeterminado, prevendo-se que a choradeira nas instalações crie condições de humidade adversas ao funcionamento dos computadores de serviço.

Foi, já há hora de encerramento da redacção, que circulou a notícia, não confirmada, de que o CG teria assediado o CR a apoiar a decisão, a que se opõe a CT, de denunciar o AD por corrupção, face às notícias tão pouco confirmadas de conluio entre o presidente da AG e terceiros, hostis ao projecto de recuperação entretanto apresentado pela CR.

Fontes não identificadas revelaram que na sede de entidades estranhas a todo este processo, OMV, DGV, ANVETEM e outros, se ouviram, com estrépito, abrir garrafas de Veuve Clicquot Ponsardin, bater de copos e saúdes “...estes estão liquidados, só falta varrer a coisa para debaixo do tapete”.

AINDA POR CIMA...

Como se não bastassem as dificuldades a que aludi no post anterior a situação na Organização de Produtores Pecuários (OPP) de Montalegre não é nada famosa.

A Médica Veterinária Coordenadora da OPP rescindiu o contrato, por justa causa, perante a falta de pagamento do respectivo salário... a rescisão foi decidida a seu favor recebendo por isso a respectiva indemnização.

Tal como refere o comunicado do Sindicato da Agricultura, Alimentação e Alimentação (SETAA), os técnicos da OPP “Não recebem os seus parcos salários, desde o mês de Setembro de 2008, nem os respectivos subsídio de férias e de Natal, apesar da OPP ser subvencionada com largas dezenas de milhares de euros por ano, para o pagamento destas despesas de recursos humanos e outras inerentes a esta função. Além disso, só em 2008, recebeu, também para esta actividade mais de 250.000 € da própria Câmara Municipal, a título de subsídio de apoio ao mundo rural.

E acrescenta o mesmo comunicado: “O Presidente da Cooperativa, José Justo [JJ], é o responsável directo por esta situação, a que também não são alheios, nem os restantes membros do corpo directivo da mesma, nem os próprios agricultores cooperantes/beneficiários, que estão ‘isentos’ pela sua própria cooperativa, de pagarem a sua quota anual de sócios da OPP, (12,5 € por animal), recaindo assim todo o ónus na falta de pagamento dos salários dos trabalhadores.

Porque razão chamam a uma organização deste tipo Cooperativa?

Se os Serviços Veterinários já não protocolaram serviços com a “Cooperativa” no ano transacto (por a mesma não ter regularizadas as prestações à Segurança Social e ao Fisco), porque razão foi a recente campanha de vacinação contra a Língua Azul adjudicada aquela entidade?... que, ainda por cima, há sete meses não paga salários os seus quadros técnicos?

JJ, nega que haja descontentamento (pois... os do SETAA inventam... a Médica Veterinária Coordenadora rescindiu por justa causa, mas estava contentíssima): “Os funcionários têm conhecimento da realidade. São tão bons funcionários como os melhores do mundo. E eles próprios estão muito empenhados em resolver a situação”... como trabalhar de borla!
Afirmou mesmo, a fazer fé na notícia do Diário de Trás-os-Montes, que a culpa era da “economia global”... sem comentários!... (mas que deixou o pessoal da redacção do “Veterinário precisa-se...” a rir a bandeiras despregadas, deixou!)
Não queremos ter uma Cooperativa rica, e agricultores de tanga, temos feito tudo por eles”, disse JJ... os funcionários que fiquem de tanga!... dizemos nós!

Num cenário em que os programas de controlo e erradicação das doenças dos animais já não são muito favoráveis a sustentar um efectiva realização das acções e com a qualidade desejada, ainda por cima, é nas regiões de minifúndio e de montanha que o sector é brindado com Organizações dirigidas de forma medíocre, com a benção ou pelo menos o encolher de ombros da Administração Veterinária.

post scriptum 1 - foto de JJ amavelmente “roubada” ao www.diariodetrasosmontes.com.
post scriptum 2 - notícias, não confirmadas, chegadas à nossa redacção, garantem que as verbas relativas à vacinação contra a Língua Azul, se destinam a suportar a indemnização à Médica Veterinária Coordenadora.
post scriptum 3 - sublinhados e destaques nossos.

21 de março de 2009

ÍNDICE DO PODER DE DESVIRTUAR (5)

A notícia do “Semanário Transmontano” (ST) vem revelar muito do que aqui temos dito sobre o lado perverso da imposição de regras sem fundamento e desajustadas da realidade.

Cito...”A recente burocracia à volta do processo de deslocações de animais está a deixar revoltados os agricultores do concelho de Montalegre, que criticam também a obrigatoriedade dos chamados testes de pré-movimentação [TPM] quando os animais vão para feiras ou mudam de exploração.”

De facto para uma exploração com Classificação Sanitária de estatuto indemne há vários anos, qual o fundamento técnico para exigir TPM?

Segundo a local do ST, “O veterinário Municipal, Domingos Moura [DM], está do lado dos agricultores. ‘Do ponto de vista técnico, o processo é lógico, mas, na prática, torna a vida muito complicada aos nossos agricultores’, disse...”... espero que DM já tenha apresentado exposição escrita à Divisão de Intervenção Veterinária da sua zona.

Refere ainda o ST que “O presidente da Federação das Associações de Raças Autóctones, Rui Dantas, garantiu que já houve reuniões com o Director Geral de Veterinária. Em vão.”

MUITA TUSA E POUCO RUMO

Aqui divulguei, logo que soube (ontem), o blog da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios (ANVETEM) tendo imediatamente antevisto a polémica que o mesmo iria suscitar, pelo menos aqui na redacção do “Veterinário precisa-se...”

A colega Ana Elisa divulga hoje uma carta aberta, aparentemente dirigida a diferentes grupos políticos em que têm assento deputados lusos.

Confesso que tive imediatamente alguma dificuldade em prosseguir a leitura, por várias razões.

Primeiro por não entender a quem se dirigia a carta, mesmo sendo aberta (ou pública) ou seja, que vários eurodeputados manifestaram o interesse nas propostas da ANVETEM?

Segundo, por imediatamente não antecipar a pretensão da iniciativa. Não que a ANVETEM não tenha o direito de escrever a quem bem quiser, mas por me parecer desajustado que aspectos de natureza profissional e formal não sejam defendidos por quem tem a representação institucional da profissão.

Se dúvidas houvesse ficavam logo dissipadas no primeiro parágrafo.

A ANVETEM assume-se como interlocutora com os serviços veterinários, não só sobre o estatuto do Médico Veterinário Municipal (MVM), mas também relativamente a animais de companhia.

A ANVETEM, sublinho, tem todo o direito de escrever e defender as posições que entender, o que não pode é assumir o papel de representante da profissão, porque o não é. A situação é sob o ponto de vista ético tão mais problemática quanto a subscritora daquela posição é membro do Conselho Directivo da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV).

O que diz sobre isto o Bastonário da OMV? Nada? Espero que pelo menos não aplauda numa tácita delegação de poderes. Mesmo considerando que a OMV não está a desempenhar o seu papel da forma que eu desejaria que o fizesse, nada dá o direito que terceiros façam bypass à sua intervenção.

E o que pensam sobre isto, já agora, todos os restantes membros da Direcção da ANVETEM? As colegas Filomena Ramalho e Maria Antónia Rosa estão de acordo com o processo seguido? (o conteúdo não está em causa). Ficaria admirado, confesso!

Muito mal vamos quando as diversas associações começam a agir sem se saber colocar no seu lugar e no seu papel, porque daí advém a anarquia e pior do que isso, o aproveitamento de uns quantos (muitas vezes colocados politicamente) da falta de união e ausência de regras.

Depois há questões de natureza formal de total vacuidade.

Só por interpretação bacoca do significado de lobi, se pode crer que os eurodeputados têm alguma intervenção directa no processo legislativo exclusivamente nacional.

Também, apenas por inocência, se pode acreditar ser “A perspectiva Europeia dos Eurodeputados, mais abrangente, mais perspectivada, mais informada...”, que nos vai ajudar a resolver os problemas de protecção dos animais ou que esses se resolvem exclusivamente por via jurídica.

Para que fique claro e não venham os colegas Municipais esconjurar o Conselho de Administração do “Veterinário precisa-se...” (demissionário): Não estou contra as propostas da ANVETEM, confesso até não conhecer aquelas que são referidas, mas não concordo com a forma como estão a conduzir o processo.

Se se justifica uma intervenção junto dos deputados do PE, essa intervenção deverá ser promovida em consonância com a OMV e a Federação dos Veterinários da Europa (FVE). Note-se a substância: consonância! Não quer dizer que a ANVETEM não escreva a quem quiser sobre este e outros assuntos, mas em harmonia, acordo, concordância, com a OMV e a FVE.

Afinal a profissão a nível da Europa está representada em Bruxelas e o lobi exercido pela FVE. Não assegurar que o processo seja este é condenar a profissão em Portugal à divisão e ao fracasso.

Aplaudo até a capacidade de iniciativa e a disponibilidade da presidente da ANVETEM, mas isso só não chega, falta definir uma estratégia que indique qual o rumo a tomar.

post scriptum 1 - importante que o assunto não seja sub-relevado? Não percebi... só se é uma onda T invertida...
post scriptum 2 - a perspectiva Europeia dos Eurodeputados é mais perspectivada? Também não percebi!
post scriptum 3 - padrões mais penalizadores de alguém? Se percebi não conheço o adjectivo...
post scriptum 4 - afinal como se designa a Associação? ...dos Municípios ou Municipais?

20 de março de 2009

EXTREME SHEPHERDING



No nosso vizinho "Reflexões de um cão com pulgas" o extraordinário video dos "the Baaa-studs"... sem palavras! Pura magia.

BLOGOSFERA VETERINÁRIA


A 9 de Fevereiro de 2009, nasce, pleno de pujança, o blog da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios (ANVETEM)... a apresentação do mesmo teve lugar naquele sítio a 17 do mesmo mês... sem champagne, nem alarido, como aliás fica bem!

A Comissão de Gestão do “Veterinário precisa-se...” (recordo que o Conselho de Administração de demitiu em bloco... ou quase), que infelizmente não teve conhecimento daquele nascimento, a não ser recentemente através de comentário algures por aqui inserto, deseja à nova blogosférica estrela da profissão Veterinária, à sua presidente, Ana Elisa Vieira da Silva, e ao município de Peniche, os melhores sucessos e longa vida.

Destaco do “editorial” do “ANVETEM”: “Com orgulho foi criado... da necessidade de aproximação e informação de... abrir as portas para todos os colegas...”, convidando “...todos os colegas a participarem e enviarem temas ou artigos que considerem relevantes para discussão ou apenas publicação.”

O “Veterinário precisa-se...”, apesar de estar em gestão corrente, não perde pitada por uma boa polémica, porque faz a apologia de que sem ela não há avanço, nem desenvolvimento... e por isso promove já aquele sítio a figurar na sua secção de “Termometria clínica”.

Acreditamos que dubitando, ad veritatem parvenimus (Marco Túlio Cícero) e por isso a motivação não está na briga pela briga ou na discórdia hostil... mas na apologia da polémica, até aos limites da ética, mas sem a ultrapassar... (bolas!).

Assim sejam interpretadas muitas das municipalinárias que aqui se verterão e a tanto chegue a mente e o espírito aberto do outro lado... senão quiseram corroer ou destruir a República Veterinária.

19 de março de 2009

SIRA OU SICAFE



Existem em Portugal duas bases de dados para cães. Uma com mais história, gerida pelo Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV) e outra mais recente gerida pela Direcção-Geral de Veterinária (DGV).

O primeiro, o SIRA, Sistema de Identificação e Registro de Animais, permite com mais facilidade a pesquisa do animal perdido; a base de dados foi aliás concebida para esse efeito.
O segundo, o SICAFE, Sistema de Identificação de Caninos e Felinos, com uma concepção mais voltada para o registo oficial dos animais.

O SIRA conta sobretudo com a colaboração directa dos Médicos Veterinários e dos Centros de Atendimento Médico-Veterinário (CAMV), sustentando-se por isso exclusivamente nos Centros como local de acesso à base de dados.

O SICAFE conta sobretudo com as obrigações legais do proprietário dos animais, sustentando-se no registo nas Juntas de Freguesia (a grande maioria das quais não tem nem meios, nem vocação para o melhor desempenho), como ponto de acesso à base de dados.

Nada como um país pequeno para a coabitação de duas bases de dados semelhantes... em programa televisivo recente as razões de uma e outra das entidades gestoras. Não deixa de ser curioso que de um lado apareça um Veterinário (Bruno Rolo) a invocar as virtudes da base SIRA e do outro uma jurista (Drª. Maria Julieta Santos) a referir as características da base SICAFE.

A evolução desejável é que exista uma única base de dados (nem se percebe porque razão não foi oficializada a base desenvolvida pelo Sindicato), sustentada nos CAMV (igualmente não se vislumbra o registo baseado na Junta de Freguesia), permitindo a rápida e eficaz referenciação dos animais.

CARNAVAL NA RUA, PÁSCOA EM CASA

Segundo o site da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), quer na área pública, quer na área reservada, “Foi convocada a Assembleia Geral da Ordem dos Médicos Veterinários para reunir em sessão ordinária no próximo dia 15 de Abril, pelas 17H30, na Sede da Ordem dos Médicos Veterinários - Edifício Escola Superior de Medicina Veterinária – Rua Gomes Freire – 1169-014 Lisboa, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto 1 – Discussão e votação do Relatório e Contas do Conselho Directivo, relativo ao ano 2008
Ponto 2 – Diversos”

A recomendação visando a publicação das actas e dos documentos em discussão na Assembleia-Geral (AG) foi parcialmente seguida... já disponível na área reservada a acta da AG de 15 de Dezembro de 2009... nada sobre as actas anteriores, nem sobre os documentos em discussão na próxima Assembleia: Relatório e Contas de 2008... Já não é mau, mas fica muito aquém de quem queria marcar uma diferença com o anterior Conselho Directivo.

Mas o mais interessante está na data da convocatória...

Segundo o Estatuto da OMV, esta AG teria de ser realizada durante a primeira quinzena de Abril e, pelos vistos, vai ser... mesmo no último dia da quinzena. Porque não no primeiro? 1 de Abril parecia-me até uma data cheia de simbolismo.

Bem sei que a escolha do dia da semana para realização de uma AG é sempre polémica, mas confessemos... uma Quarta-Feira, logo depois da celebração da Páscoa? Não me parece a melhor escolha... só faltava chover, afinal o Carnaval foi brindado com o bom tempo.

Gostava de conhecer os critérios do Presidente da AG.

18 de março de 2009

ÍNDICE DO PODER DE DESVIRTUAR (4)


A Direcção-Geral de Veterinária (DGV) decidiu reinventar o pagamento das intervenções no âmbito das medidas de combate à Febre Catarral Ovina (Língua Azul).

No ano transacto,os montantes suportados pela Administração Veterinária corresponderam a 30 € por exploração visitada e 0,28 € /animal / inoculação.

No corrente ano o montante por exploração visitada foi eliminados, sendo pagos 0,75 € / animal vacinado (uma ou duas inoculações).

No quadro abaixo apresenta-se uma projecção dos montantes despendidos e a despender com base nas alterações indicadas e a diferença percentual entre uma e outra situação.

Note-se que no Alentejo o montante disponível no corrente ano representa 95% do ano transacto, enquanto que a norte essa percentagem varia entre 37% e 47 %.

Não discuto sequer os argumentos que sustentaram a decisão, mas dispensam-se comentários: uma vez mais se penalizou o minifúndio, se esqueceu a economia de escala que o latifúndio permite e desprezaram-se as questões de natureza epidemiológica.

(*) Fonte: DGV - Sheep and goat brucellosis eradication programme 2007

Estou em crer que se a análise apresentada for ainda mais detalhada a nível regional, comparando a situação na área de intervenção de diferentes Organizações de Produtores, notaremos reduções ainda mais acentuadas.

De asfixia em asfixia se vai penalizando um conjunto de produtores até que os últimos resistentes abandonem a actividade. Quando isso acontecer controlar-se-ão todas as doenças dos animais, pois já não haverá animais... mas também não serão necessários Veterinários, nem Serviços Veterinários Oficiais.

Também a este nível se vai desvirtuando o papel dos Serviços... em vez de serem aplicados critérios que sustentem a produção animal, o equilíbrio regional e a sustentabilidade do mundo rural, são adoptadas decisões sem qualquer fundamento a não ser o crónico favorecimento de uma Região.

17 de março de 2009

EXAME ANUAL

Se entre os leitores deste cantinho está algum Director Clínico de Centro de Atendimento Médico-Veterinário (CAMV), gostava que partilhasse connosco (caso tenha esses dados disponíveis), a percentagem de clientes (cães e gatos) que se apresenta à consulta todos os anos apenas para exame de rotina, mesmo que (ou sobretudo) se associado à vacinação anual contra a raiva e/ou outras.

Parece-me de elementar acuidade conhecer não só aquela estatística como também a forma como ela varia em tempos de crise. Previsivelmente, segundo me dizem muitos colegas clínicos de animais de companhia, o ano de 2009 vai registar um decréscimo na procura dos serviços Médico-Veterinários... é que em tempos de crise o orçamento familiar sacrifica, em primeiro lugar, as despesas não essenciais.

Duvido desta conclusão pois conheço casos em que o animal de companhia é tudo menos considerado não essencial, de qualquer forma não vale apenas ficar para aqui a expressar convicções, bom mesmo seria suportar uma ou outra perspectiva em estatísticas concretas.

Julgo já aqui ter trazido este tema, aliás recorrente entre Médicos Veterinários, em particular os que se dedicam à Prática Clínica em animais de companhia: consulta anual de rotina versus protocolo vacinal.

Infelizmente a visita de rotina foi “confundida”, ao longo do tempo, com a prática de aplicação de vacinas, e a sua obrigatoriedade anual, e por isso, todos os aspectos não menos importantes dessa rotina (exame do estado geral, desparasitação baseada em controlo laboratorial, exames laboratoriais de rotina -sangue, fezes, urina...-, recomendação sobre alimentação, etc. etc.) têm sido colocados para segundo plano.

Aqui se joga uma questão capital na evolução qualitativa dos cuidados de Saúde prestados pelos CAMV. A percepção, por parte dos donos e detectores de cães e gatos (sobretudo), que a visita anual ao Médico Veterinário é essencial (baseado nos aspectos técnicos decorrentes dessa visita) e quais os custos que lhe poderão estar associados.

Pena que a Ordem dos Médicos Veterinários, com a colaboração da Associação Veterinária do sector, não tenha já reflectido sobre o tema e produzido documento de trabalho sobre o assunto. Quando tanto se fala e destaca a política europeia para a Saúde Animal: “prevenir é melhor que remediar”, nada mais adequado que trazer este assunto à liça.

É urgente que os embriões dos Colégios de Especialidade, com serenidade e bom senso, comecem a trabalhar, nesta e noutras matérias, há pareceres que são urgentes.

EXÓTICOS DO PORTO

Enquanto a Ordem continua distraída com o processo de instalação dos colégios de especialidade, vão surgindo projectos a todos os títulos dignos de nota.

É o caso do Centro Veterinário de Exóticos do Porto que surge com um projecto de prestação de serviços Médico-Veterinários visando exclusivamente espécies exóticas. Quer isto dizer que cães e gatos não são bem vindos... pois esses, como se diz no site do Centro, “...já estão bem servidos”.

Além do know how sobre espécies exóticas (não digo especializado para não ofender os puristas da matéria), o projecto está apresentado com bom gosto e com objectivos claros e missão definida.

Ao colega Joel Ferraz os votos de grande sucesso. São iniciativas como esta que demonstram que a profissão está viva e atenta ao mundo à sua volta... mau grado a crise de liderança das associações profissionais, a começar pela própria Ordem.

14 de março de 2009

INCONFORMADO E OPTIMISTA

Acredito que a história das instituições, como aliás a História, se faz de ciclos, de altos e baixos, de crises e de farturas.

Por isso o meu inconformismo com o percurso errático da “minha” Ordem, a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), não é desprovido de optimismo. O estado a que chegámos revela um leque de oportunidades, novas soluções e novas iniciativas, numa palavra: outro ciclo.

Um mês passou sobre os primeiros 100 dias dos “novos” Conselhos Directivo (CD) e Profissional e Deontológico (CPD) e os sinais da sua capacidade de intervenção são confrangedores e vergonhosos.

1. SEDE DA ORDEM
O plano de actividades afirmava que do evoluir da situação seria dado conhecimento aos membros da OMV. Pespegada mentira.
Novidades há muitas e o assunto continua a ser tratado pelo CD de forma envergonhadamente reservada.

A verdade é que a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, com a conivência do CD, vai embolsar 5 milhões de euros com a cedência do imóvel e com isso resolver a sua difícil situação financeira e respirar de alívio por mais uns anos, enquanto que a OMV vai ter que deixar a “Escola” com as embambas às costas, sabe Deus para onde (como aqui ficou bem retratado).

Foi o Bastonário enganado com a promessa de que um local digno seria encontrado para reinstalar a OMV, sublinhado pelo silêncio (ensurdecedor) do presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias (SPCV), aliás membro eleito do CPD.

2. APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA
O processo foi prometido resultar de uma profunda reflexão no seio da Classe... onde é que ela está?
Nem sequer o calendário do que pretende fazer foi divulgado pelo CD.

A única certeza é que o CD que tanto perorou contra o “projecto Resende”, não só tem em carteira um ante-projecto que em nada fica a dever à mediocridade do anterior, como mantém integrais os aspectos mais criticáveis do mesmo: o processo de renovação da Cédula Profissional, a confusão entre formação profissional, experiência profissional e aprendizagem ao longo da vida, total passividade no processo de promoção de acções de aprendizagem, ignorância sobre as deliberações do Conselho da Europa sobre o assunto...

Quem é que pode ficar indiferente ou conformado perante tanto desvio daquilo que foi prometido? E queria o CD acabar em grande com a aprovação do “seu” projecto a 4 de Outubro de 2009?

3. REPRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL
O Bastonário é “...a mais alta dignidade da Ordem... e seu representante perante o Estado”, sendo por isso equipado a Ministro.
Lamentável por isso a forma displicente como o “nosso” Bastonário se dirige a um Ministro, quer na forma como faz uso da língua portuguesa, quer no estilo linguístico, quer mesmo na selecção de prioridades que o fazem dirigir-se-lhe por escrito.

Recordo as críticas (justas) da presidente do Conselho Fiscal, Profª. Conceição Peleteiro, à redacção do plano de actividades apresentado pela anterior direcção da OMV (recordo a referência bem humorada do nosso vizinho à Moderna Gramática Portuguesa). Fico pois a aguardar o parecer sobre a missiva que o actual Bastonário remeteu ao Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

Desafio mesmo o CD a fazer publicar essa carta na revista da OMV.

4. CENTROS DE ATENDIMENTO MÉDICO VETERINÁRIO
Sem subsídios do Estado, investimentos a fundo perdido ou subvenções da Administração, os Médicos Veterinários criaram no país uma rede de Centros de Atendimento cujo papel em termos de Saúde Pública, apesar do seu carácter totalmente privado, não pode ser negligenciado.

Apesar disso, o respeito que o CD atribuí a esses Centros e aos seus Directores Clínicos é revelador de uma postura errática e sem critério. Em causa a cobrança, a título de adiantamento de 50%, da taxa de vistoria para certificação do Centro, apenas porque um determinado número de Centros foi vistoriado e não pagou essa vistoria.

Então o que faz a OMV quando alguém se inscreve e depois não paga quotas? Porque razão continuam esses Centros publicitados no site da OMV? Qual é a proporção de Centros nessas condições por área de Conselho Regional (CR)? Que iniciativas foram desenvolvidas pelos CR para promover o encerramento desses processos e cobrar as taxas em causa? e quais as razões detectadas?

“Mediante o diagnóstico é favorável o prognóstico.”... onde é que eu já ouvi isto?

Em resumo: está na hora de encerrar este ciclo e retomar a vontade de muitos, a começar pelos colegas que entraram na profissão nos últimos 10 anos, acreditar na sua capacidade, na sua disponibilidade e motivação para que a OMV entre num novo ciclo.

1 de março de 2009

VENDER A PROFISSÃO

Muito oportuno o post da colega Patty Khuly sobre a parafernália à venda nas clínicas .

Para os mais puristas trata-se de actividade a banir dos Centros de Atendimento Médico-Veterinário, baseado no princípio que a actividade do centro se deve afastar totalmente de qualquer actividade comercial... no outro extremo, talvez pela própria tendência pessoal do Médico Veterinário, a venda de rações, coleiras, brinquedos, etc. etc. quase se assume como a principal actividade do centro.

Pessoalmente não me aflige por aí além que associado ao estabelecimento se comercializem muitos desses produtos, desde que se saibam manter os limites e que os produtos à venda não tornem o centro numa espécie de bazar... importa pois definir bem esses limites.

Até que ponto estamos a vender a profissão? Até que limites éticos é admissível a actividade comercial em paralelo com o exercício da profissão?

CIDADE ANTI-TOURADA

O que pode acontecer em ano de eleições... o Público anuncia a decisão da Câmara Municipal de Viana de Castelo de não permitir qualquer espectáculo tauromáquico, público ou privado, na área do município.

A decisão do governo, ao tempo, de permitir os touros de morte em Barrancos, através da alteração cirúrgica da lei, foi a todos os títulos inqualificável. A decisão não correspondeu a qualquer projecto ou programa político, tendo sido apenas ditado pela oportunidade do momento.

Agora, a decisão do município de Viana do Castelo pauta-se pelo mesmo princípio, com a agravante de constituir grosseira ilegalidade, precisamente por se sobrepor às leis da República.

Por este andar vamos ter “proibições” a la carte de condado em condado... ponham-se a pau os Médicos Veterinários Municipais.

CULTURA API

Sempre defendi que os Serviços Veterinários deveriam promover uma ligação com os produtores, muito mais aprofundada, em nome da eficácia na aplicação dos programas sanitários em curso. Essa ligação deixa, hoje em dia, muito a desejar, também no que se refere à produção apícola.

Não significa isto que o Estado não tenha investido na apicultura... tem, quer no âmbito da promoção do controlo sanitário (ajuda presentemente suportada pelo Plano Apícola Nacional), quer no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural.

A notícia da sapo levanta pois um velho vício: ânsia por investimento (API), mais do que por responsabilidade, técnica, mecanismos de gestão e eficácia na aplicação dessas verbas.

Não tem razão o presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal (FNAP), Manuel Gonçalves, muito menos pela ligação que sugere entre a aparente mortalidade nos colmeais e o pagamento de ajudas financeiras.

Tem razão a Autoridade Sanitária Veterinária Nacional quando afirma não existirem estudos que comprovem a fuga e morte de abelhas, reclamada pela Associação de Apicultores do Litoral Centro (Luso), através das declarações de Andrea Chasqueira, na notícia referida como “especialista” em apicultura, ainda que omitindo a ligação da técnica em causa àquela Associação.

Peca a notícia por várias imprecisões, a começar pela questão fulcral não se basear em nenhuma avaliação criteriosa, (“...Apesar de não existirem resultados científicos...”) e não ter qualquer relação com as estatísticas avançadas, que aliás revelam um saudável aumento do número de colmeias por apicultor (cerca de 38%).

Quanto à questão dos especialistas na matéria, gostaria de conhecer a opinião das respectivas Ordens.