5 de maio de 2008

CÃO QUE LADRA… AFINAL MORDE


Recordo um companheiro de infância (das férias que passava na aldeia) e a sua especial capacidade para “falar” com os animais, em especial um cachorro que com ele pastoreava duas dúzias de ovelhas…

O seu dia à dia, penoso, que lhe castrou a infância, era afinal “compensado” pela companhia do seu fiel “boby”, tendo nascido, desse convívio, a especial habilidade desse meu amigo para “conversar” com os animais.

A oportunidade de observar permanentemente o comportamento dos animais com que lidava, aliada à habilidade em relacionar esse comportamento com circunstâncias antecedentes, ter-lhe-ia permitido, se a vida lhe tivesse sorrido, ser hoje um “perito” em comportamento animal.

Aliás, encantadores e encantadoras de cães há muitos, com o Manel podia ter sido.

Dito isto, parece elementar, como se aprende em qualquer Escola de Medicina Veterinária, que a observação e descrição do comportamento animal são essenciais até para certos diagnósticos clínicos, contudo, parece discutível o reconhecimento do grau de “Psicologia Canina Avançada” como aqui se anuncia.

Uma coisa é certa, como reconhece Alexandra Santos no artigo em causa: “…A profissão [treinador de cães] não está regulamentada e pessoas que não procuram obter formação e credenciais auto-intitulam-se treinadoras…”.

Tal como entre os animais “…muitos dos problemas de comportamento têm origem na falta de sociabilização”… a comparação é grosseira e susceptível de crítica, mas vejam lá se muitos dos conflito ou potenciais conflitos profissionais não resultam dessa falta de sociabilização… como já antes propus: disponhamo-nos a trabalhar em conjunto e até a promover aquela regulamentação profissional… todos teríamos a ganhar.

Antes que vá tudo parar ao Conselho Profissional e Deontológico da Ordem dos Médicos Veterinários por usurpação de funções, num processo sem objectivos à vista, com resultados de duvidosa eficiência e dos quais resultará sempre a crítica (justa) a um corporativismo serôdio e doentio.

2 comentários:

Anónimo disse...

Deu-lhe forte!

A saudade apossou-se do Clint e deu-lhe forte, porque desde a infância até ao CPD, tudo lhe passou pela cabeça!

É que esta de falar com amainais ou animais que falavam como os Homens, há uma série de histórias no imaginário até cabe o tal sapo.

Agora que a vida está difícil até os que se dizem compreender os bichos arranjam ganha pão à conta dessa "qualidade"! Daí ao resto irá uma grande distância, pois não é treinador quem quer, que o digam os jogadores de futebol, para não falar nos que lhes deviam pagar.

Na fase em que estamos todas as hipóteses de trabalho são boas, só que vão mudando os títulos. Há uns anos eram os que falavam com animais, ainda mais atrás, eram os pastores, depois começou o eufemenismo, dos psicólogos dos cães e gatos( já se diz) que o problema é tratado junto dos donos, pelos vistos agora, com a "socialização" na moda eis que chegam os TREINADORES.

Passar a meter a Ordem nisto...talvez seja outra moda, porque não há outros assuntos para tratar!

Sovet

Anónimo disse...

ESTE SOV(INA)et do carago...


Já tinha topado o gajo, é burro...mesmo burro!!!

Então não enxerga que o que está a mais é...a ORDEM...neste estado actual...até houve alguém que queria passar a CP aos enfermeiros vets...PORRA!!! com CANALHAGEM desta não vamos lá...irra!!!


Precisas de divã...e assistência para burro...


PIGóstilo@