18 de julho de 2003

SEGURANÇA ALIMENTAR

A segurança alimentar parece ser tema que muito preocupa os portugueses, confrontado-se contudo com o alambazamento nacional de tudo aquilo que ponham no prato dos lusitanos... quer no conteúdo, quer na forma: tascos, tasquinhas, snack-bares, restaurantes, tabernas ou casas de pasto... comer em pé, mal sentados ou sentados assim assim, servidos por gordos ou magros, altas ou baixas, independentemente do cheiro que exalam dos sovacos ou do curriculum e idade dos detritos acumulados debaixo das unhas, o importante é que haja pão e sobretudo, que seja tudo bem regado, de preferência uma boa pinga (que aliás é sempre boa)...
Coisas como uma dieta equilibrada são problemas que não afligem o português médio, muito menos o perigo de intoxicações alimentares (bicho que eu coma não me come a mim...), salvam-se sempre os fornecedores e manipuladores dos alimentos, até porque o Estado garante um "excelente" sistema de controlo... se assim não for, depois logo se vê...
- O Manel dos frangos parece que está de baixa no hospital, parece que comia demais e sem controlo, o coração não aguentou e desconfia-se agora que tinha um cancro... coitado! - ouvi comentar na mesa ao lado.
- Sempre me pareceu que os dois franguitos que papava a cada refeição não eram grande dieta... - respondeu o outro comparsa.
E lá continuaram a conversa entre dois sorvos de bejeca...
Mau grado a forma corajosa como enfrentamos os risco que corremos, há sempre algo que nos deixa despreocupados, o controlo veterinário oficial: do estábulo até á mesa lá estão eles bem arrumadinhos observando o bem estar da animalária, controlando medicamentos e rações, inspeccionando rezes e carcaças, matadouros e abegoarias, transportadores, tratantes e traficantes e até no local de venda o veterinário municipal cuida de todos os muní­cipes...
Não há razões para alarme!

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