Do nosso colega Manuel Cardoso, cuja veia para a escrita e espírito concatenador com o esplendor do passado, onde encontra as raízes que explicam a sua própria existência, e de onde sabe exaltar, por bondade e por orgulho, o carácter e sobretudo o lado mais profundamente humano das personagens que retrata.
Parabéns… um motivo de orgulho partilharmos a mesma profissão, o que nos torna, aliás, um pouco “donos” da sua escrita… espero puder meter-me, em breve, à leitura do próximo romance. Talvez a sericicultura e o “retrato agrícola” dessa época, possam ter essa sorte.
“Um tiro na Bruma” é também um daqueles romances que, quem se dedica à medicina das populações, não deve perder: “O tio José Oliveira estava espantado de haver tantos doentes, continuava a fazer a sua vida normal, não havia mal que lhe chegasse. Em casa, a Micas foi a primeira a ter febre, suportou-a com uns chás e salicilatos, nem foi parar à cama um dia seguido. Os filhos, todos três, parecia terem combinado adoecer de empreitada, ao mesmo tempo, fazendo um reboliço entre as criadas que, essas sim, uma a uma menos a Leonida, adoeceram com grande achaque e saíram dela com uns quilos a menos. Na família ninguém teve recaídas, o doutor Amadeu obrigou todos a consumirem fruta aos quilos - foi com laranjas que o Vasco da Gama chegou à Índia! -, e preconizou para todos também, doentes e não doentes, canjas de galinha com fatias de pão torrado e uma colher de mel ao levantar, ao almoço e ao deitar.
Retrata a vida de um médico, o doutor Amadeu (avô do autor), a “…implantação da República, as contra-revoluções e incursões Couceiristas, a Grande Guerra de 1914-1918, a pandemia de Gripe Pneumónica e o Reino da Monarquia do Norte.”, Macedo de Cavaleiros e Portugal do princípio do séc. XX.
12 de maio de 2008
“UM TIRO NA BRUMA”
Pareceu a Clint às 09:51
9 comentários:
GANDA MANEL...
É com colegas destes que a profissão é dignificada. Ao Manel Cardoso, pela sua modéstia, percurso e postura um abraço de gratidão.
É com colegas destes que a profissão é dignificada. Ao Manel Cardoso, pela sua modéstia, percurso e postura um abraço de gratidão.
Afinal o Konde tem GRIPE ó não?????
O gajo resigna ó não?????
O Ganda Manel ...vai tratar dele...
com "um tiro na Bruma"...
EU RETORCO
O verbo retorquir emprega-se só nas formas arrizotónicas, isto é, não acentuadas na raiz. Nas rizotónicas, é suprível com o verbo retrucar, conforme ensina o prof. F. Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa.
(in "ciberdúvidas da Língua Portuguesa")
Então eu...retruco
Não posso comentar a obra porque não a li. Publicar um livro é sempre um acto corajoso e daí as minhas felicitações ao autor independentemente da qualidade que a obra possa ter.
Mas, UM TIRO NA BRUMA, levou-me a pensar que estaria relacionado com o acórdão sobre a providência cautelar interposta pelo Sr. Bastonário, Conde de Abrunhos
ECLIPSE
Como posso adquirir este romance?
Caros colegas e amigos, muito obrigado pelos comentários e, claro, pelo post!
Um abraço!
Ah, Um Tiro na Bruma ( permitam-me o aparte de que Bruma, neste caso, não é nome de vaca!...) pode adquirir-se na Fnac, nas lojas 24 das áreas de serviço, nas Bertrand, no El Corte Inglês, nas livrarias de Macedo, Bragança e Mirandela e, claro, via net. Se não, houver nas livrarias indicadas, é pedir que eles mandam vir em menos de dois dias. Obrigado.
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