É manifestamente grave o que vem acontecendo em consequência da falta de fiscalização em vários sectores da nossa vida.
Num país civilizado a lei é cumprida pela maioria das pessoas, sendo as prevaricações levadas a efeito apenas por uma franja da sociedade (+ ou – variável). Não sendo assim, a situação pode ser grave!
É evidente que uma fiscalização sem uma certa dose de bom senso é igualmente lesiva, mas não fiscalizar ou fiscalizar abaixo do nível mais adequado para o equilíbrio é forma segura para descredibilizar a Autoridade e criar uma série de problemas.... E se esse mínimo de fiscalização for mantido durante muito tempo – como vem acontecendo no país – é certo e sabido que quando se quiser fazer reverter a situação haverá motivo de sobra para se instalar um preocupante mal-estar social. Os exemplos são múltiplos.
É um pouco parecido com o que acontece com as crianças. Se habituadas a fazer tudo quanto desejam sem qualquer “contrariedade” (penalização) é infalível que os pais se depararão com uma permanente rebeldia quando quiserem “metê-las nos eixos”.....
Por mais que me custe referir isto, nós, em geral, somos amigos de recorrer a habilidades e expedientes com o propósito de iludir os outros, tal como a nossa falta de sentido crítico e a falta de civismo são responsáveis pela manutenção de muitos dos atrasos que já nos notabilizaram no seio da U E. Estas características, associadas ao hábito de passar impune aos incumprimentos da lei, quer por falta de fiscalização, quer por virtude da tradicional brandura dos nossos costumes, são bem visíveis na vida diária.
Do que foi dito, é sobretudo de realçar que “os pais” e/ou “o governo” são os grandes responsáveis por esta situação. Tanta e tão prolongada contemporização só poderá favorecer a instalação da corrupção. Talvez por isso sejamos, entre os nossos parceiros da UE, um dos países mais corruptos.
14 de outubro de 2003
FISCALIZAÇÃO/ CONTROLO/ CORRUPÇÃO
Pareceu a Anónimo às 15:00
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