31 de janeiro de 2004

nihil diu occultum

As eleições para a Ordem foram eloquentes. Evidenciaram que a classe na sua generalidade é uma merda! 24% DE VOTANTES E 76% DE ABSTENÇÕES. Mas o que é isto senhores? Depois queixem-se... Se fosse o Resende, nem sequer tomava posse! Take Five

De facto "nada se conserva oculto por muito tempo"… Independentemente da categórica estatística, nem vale a pena invocar a diferença com outras eleições, particularmente em outras Ordens, em que as estatísticas são eloquentemente generosas para a percentagem de votantes alcançados na "nossa", outros factos se revelam: a participação aumentou em relação a anteriores actos eleitorais…
Talvez o mérito não seja da lista A… talvez o negro espectro de uma eventual eleição da lista B tenha tirado alguns do laxismo, levando-os a votar… simplesmente.
Será naturalmente curta a vantagem… mas é um sinal.
Mas outras "leituras" se impõem. Parece que alguém terá seguido o conselho… enfim, quase… não ao ponto de não tomar posse, mas ao ponto (não pelo "baixo" número de votantes) de rejeitar participar no cargo para que foi eleito, com o fundamento de, por desinformação, julga-se que do líder da lista em que participava, não se ter apercebido do tempo e trabalho que o cargo envolvia.
Ainda por cima, nem mais nem menos, o lugar resultante de ser candidato a presidente do Conselho Profissional e Deontológico.
Realmente, no próprio dia de posse, o candidato da lista B manifestou a sua indisponibilidade para participar nos trabalhos do Conselho!? … Então porque tomou posse? Porque não define a sua posição de uma vez por todas?
Acredito que as pressões do líder da lista para que se mantenha firme e hirto não sejam desprezáveis, mas determina a dignidade profissional, ainda para mais vinda de alguém com responsabilidades profissionais acrescidas, resultantes do estatuto de docente, que a situação seja clarificada com urgência.
A não ser assim, terei que concordar que a classe é… composta de alguns elementos desprazíveis.

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