28 de agosto de 2003

VETERINÁRIO PRECISA-SE II

O governo anuncia os ante-projectos de reforma da Administração Pública, prevendo, entre outros, a extinção dos concursos para o provimento de chefias intermédias, mas vai daí, e antes que o estrugido se queime, a Direcção-Geral de Veterinária aproveita o pacato mês de Agosto para anunciar o concurso para preenchimento do cargo de Director de Serviços de Saúde Animal.

Como a DGV “…promove uma política de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres… providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação…” (a língua portuguesa é cheia de redundâncias e qualificativos), ficam a saber que, macho ou fêmea, caucasiano, africano, índio ou asiático, cristão ou muçulmano, nada obsta a que concorra, basta ser veterinário, ou melhor, licenciado em Medicina Veterinária, não precisa ser profissional porque a cédula profissional não é exigida.
Nem sequer são condições preferenciais deter conhecimentos em Epidemiologia, Estatística, Informática Aplicada ou coisas mais comezinhas como gestão e administração.

O nível de exigência continua baixo, decadentemente baixo… estão à espera de quê? Bom… se apenas um romancista de circulares… então não valia a pena ter aborrecido os Irlandeses!

De qualquer modo já se perfilam entusiásticos candidatos, de Trás-os-Montes ao Alentejo e nem precisam de conhecer a fórmula classificativa, basta que o júri a conheça!

Aos candidatos se deseja a melhor sorte do mundo… com um júri, com o gabarito do que é anunciado, ser candidato já é um acto de coragem!

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