Correu mundo a notícia de uma exposição na galeria Codice, na Nicarágua, onde o artista costa-riquenho, Guillermo Varga Jiménez (pseudónimo “Habacuc”) teria exposto um cachorro doente e à fome, até à sua morte...
O caso gerou uma enorme onda de contestação que culminou com uma petição online, solicitando a sua interdição na “Bienal Centroamericana Hondura 2008”, já com mais de 200.000 assinaturas…
Foram muitos os apanhados… confesso que por pouco também não fui (mas também pela limitada capacidade de intervenção do nosso corpo redactorial, sempre ocupado com coisas “menores”…)... todavia, surpreendeu-me que nenhum feérico grupos de defesa dos animais não tivesse intempestivamente invadido a exposição e interrompido o sofrimento do animal…
Afinal o animal foi devidamente alimentado durante os três dias em que esteve na galeria (onde nem sempre exposto) e onde não morreu à fome… ironicamente o “criador” teve a intenção de sublinhar “...the hypocrisy of people: an animal like that becomes the center of attention only when I put him in a white cube where people go to see art, but no one cared when it was a stray dog roaming the streets starving”. Teve ainda a intenção de homenagear Natividad Canda, um nicaraguense atacado mortalmente por dois rottweiller.
Impossível referir tudo o que na net se escreveu sobre o assunto contudo, a não perder: a informação de Carlos Almiron no “Zona Punk”, o “Habacuc: diz que disse ”, no “Apdeites V2”, a equilibrada resposta da Humane Society International e sobretudo o “Tu és o que lês” e “O cãozinho não morreu, está bem? Irra!” de Marco Santos, no “Bitaites”.
Não defendo a exposição pública de animais… o que nos levaria a uma outra discussão sobre outros eventos “culturais”… aliás nesta matéria animais e humanos (já sei que a distinção é também discutível) estão muitas vezes em pé de igualdade… mas o que não consigo respeitar é o ódio que frequentemente os ditos “amigos dos animais” destilam de quem não pensa exactamente como eles, a superioridade intelectual com que brindam esse outros e a irritante abordagem antropomórfica em que alicerçam as suas convicções…
Não sei se processo de antropomorfização resulta do consumo excessivo de produções Walt Disney, como refere o vizinho Marco Santos no “Bitaites”, mas gostava de saber o que é que esta gente sente quando vê um boi amarrado pelos cornos.
21 de abril de 2008
O CÃO QUE AFINAL NÃO MORREU
Pareceu a Clint às 15:27
1 comentário:
Preso pelos cornos?...
Estás doido...pelos cornos! deve ser tão cruel ...como ficares se os tin-tins sua mula...
Descuida-te ...e ainda terás essa sensação...já temos a corda para tão piedoso e hilariante acto....ou ato...
A ANVETEM, segundo o Zé -bio é só a melhor associação sectorial dos veterinários...fica sabendo...aquilo não é gerido como os outros botequins que há por aí...ali há hierarquia ...respeito...tarefas definidas...e cada um mija no seu caco...não foi copiado o exemplo do zimbabué (desculpem) do Sindicato que quem sabia tudo era o Ed-tonto, ...da Ordem que quem sabe tudo é o KONDE, ...a buiatria que quem sabe tudo é o Tannas,...dos Pequenos quem sabe tudo é o Visteira polpes... da Sociedade o Bio-Estupor...dos Sem-Fronteiras(e sem dinheiro) os passeadores Mor Colcha e cia...
...não ,não aqui trabalha-se e bem...salvo a eternização do EMBIRRA...está colado na cadeira...
Coitadinho do cão...afinal está vivo...e eu que pensava que tinha morrido...
LYNX@
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