10 de abril de 2009

HOSPITAIS VETERINÁRIOS



A comunicação regional, em particular, talvez pelo impacto que um empreendimento veterinário têm a esse nível ou talvez apenas pelo afã na procura de alguma visibilidade “comercial”, tem trazido a público a instalação de Hospitais Veterinários.

Por razões de susceptibilidade ética (ao que o “Veterinário precisa-se...” chegou...) não vou referir nenhum caso, mas tenho em mente 2 situações recentes, basta contudo navegar pela net para constatar algumas mais.

E a susceptibilidade ética resulta do facto de não ver nesses projectos de “Hospital” a estrutura humana capaz de lhe dar corpo, contudo como não sou da arte, talvez me escapem pormenores relevantes... deixo isso para comentários.

As contas que faço são muito singelas (perdoem a avaliação rudimentar), e mesmo assim desconhecendo alguma transcendência dos códigos de trabalho: manter “...durante todo o horário de funcionamento a presença de, pelo menos, um Médico Veterinário do seu corpo clínico.”, não é possível com apenas 2 Médicos Veterinários.

Mesmo dando de barato, por força da omissão do Regulamento (Centros de Atendimento Médico-Veterinário), que a garantia da presença de valências profissionais específicas não joga um papel decisivo no funcionamento equilibrado de um hospital veterinário, já o mesmo não se poderá dizer do funcionamento sem um corpo clínico de, pelo menos, 5 Médicos Veterinários e concomitante staff auxiliar.

Note-se que não defendo que a classificação do Centro de Atendimento se faça pelo número de elementos que compõe o corpo clínico, mas tão somente, que no caso de um Hospital, existirá um mínimo indispensável.

Claro que parto do princípio que “Manter um serviço permanente de urgências.” requer a presença in situ de um Médico Veterinário e já nem sequer refiro outro tipo de recursos humanos (auxiliares/enfermeiros e recepcionistas).

Nestas circunstâncias como é possível “abrir ao público” com corpos técnicos constituídos por 2 Médicos Veterinários e 1 Auxiliar/Enfermeiro?

Preocupa que um sector em crescimento e desenvolvimento, e cuja importância estratégica para a profissão é decisiva, não se alicerce em moldes mais rigorosos e que os Hospitais não surjam de projectos de redimensionamento de Centros (clínicas) pré-existentes, da re-conceptualização dos serviços prestados e da fusão de diferente know how instalado.

Há, aliás, bons exemplos de empreendimentos nesta linha de que aqui deixo o caso do Hospital Veterinário Muralha de Évora

A não ser assim serão geradas situações de concorrência desleal que sob o ponto de vista profissional são de evitar a todo o custo, mas que, sobretudo em termos de performance, se afiguram bastante lesivas do papel mais adequado de uma profissão em qualquer Sociedade moderna.

2 comentários:

Anónimo disse...

ISTO é ridículo...


Não é o facto de ser um HV que pode ser um baluarte de virtudes...


O postador foi ilusionado com a ilusão, percebe!!!

Os exemplos , bons, devem mesmo ser bons!!!

Neste hospital são praticados os mais repugnantes comportamentos deontológicos e profissionais, sobre os chamados veterinários estagiários... se tiveres um pouco de tempo faz uma auscultação...e verás o "venoclise" que acontece...

Se são tão exemplares porque é que durante a vigência dos editais da (LA)Língua Azul, aquele balcão parecia um "banco" com utentes a ir adquirir os certificados ou as guias em branco, para o agricultor preencher,...e era dispensado o exame clínico dos animais...sendo os utentes atendidos por uma funcionária sem qualificação médica para saber o estado dos animais???e não o Médico Veterinário,COMO MANDA o EDITAL!!!

É só desilusões...
Do resto nem vale a pena falar...

É tudo a tostões!!!

Anónimo disse...

Então só fala este e o "espanhol"?!


Anda a resolver aquilo das guias sanitárias!!!!!?????



é feio!!!