18 de novembro de 2008

BLUETONGUE


Desconheço em pormenor os contornos do caso de Língua Azul, em Chaves, que esteve na origem das recentes medidas específicas de luta e erradicação da doença, o que sugere uma vez mais um comentário: a falta de informação…

A Direcção-Geral de Veterinária (DGV), em vez da macacada que “meteu” no seu site relacionada com a “Semana Europeia da Veterinária”, devia oferecer mais e melhor informação sobre o tema.

Faço por isso fé no “Jornal de Notícias”, que sugere uma reflexão cuidada… limito-me a um humilde contributo.

1. Foi o proprietário do rebanho que se apercebeu poder estar perante um caso de língua azul: "Ao abrir a boca vi que tinha a língua muito grossa e meia roxa, não esperei mais e fui logo aos serviços a Chaves"; “…o animal acabou por não sobreviver à chegada do veterinário, no dia seguinte.”… Ainda assim a realização dos exames laboratoriais e a confirmação do foco de língua azul ocorreu em tempo record, apesar de desconhecer a existência de qualquer plano de contingência.

2. Os Serviços Veterinários Oficiais não divulgaram as medidas de vigilância que foram estabelecidas, que animais foram recenseados, se houve outros animais mortos ou doentes, que locais foram identificados como susceptíveis de favorecer a sobrevivência dos culicoides, quais os resultados do Inquérito Epidemiológico, que visitas foram efectuadas à exploração ou explorações afectadas e quais os relatórios dessas visitas, que tratamentos foram feitos com e quais insecticidas, etc. etc… continua pois a existir uma cultura de silêncio, que nem os órgãos de comunicação social, pelo menos a especializada ou regional, são capazes de contrariar.

3. Refere o “JN” que “A suspensão da feira "por tempo indeterminado" é uma das medidas de prevenção tomadas na sequência da detecção do primeiro foco da doença da língua azul no concelho de Chaves.”… Pergunto eu: porquê? Não porque a medida eventualmente não se justifique, mas por desconhecer as condições de implantação, situação geográfica ou contactos com a exploração em que se confirmou a doença… convenhamos que a base científica se deve sobrepor à dos efeitos mediáticos… Como reporta a Rádio Renascença, “…de acordo com o veterinário municipal sabe-se apenas da morte de um dos animais da propriedade…”.

4. A divulgação pública e mediática do caso foi efectuada pela própria Direcção-Geral de Veterinária (DGV), sem que ninguém da estrutura dos Serviços Veterinários soubesse o que se estava a passar… de facto foi pelos noticiários que os Veterinários Oficiais ficaram a saber da ocorrência e “…o veterinário municipal, Sotero Palavras, só foi avisado da suspensão da feira pelos serviços de Chaves da DGV entre as "18.30 e as 19 horas".

5. Certo é que toda a região, anteriormente fora da área de restrições, passou a estar nela incluída relativamente ao serótipo 1, não sendo perceptível as razões que justificam tal situação ou porque razão não foi a medida tomada há mais tempo… funcionaram uma vez mais razões de epidemiologia política relacionadas com a necessidade de vacinar o efectivo (1ª inoculação) até ao final do ano? Então porque não decidiram em Setembro?

5 comentários:

Anónimo disse...

O que se diz é que dos Serviços ninguém leva isto da VETERNÁRIA a sério...


é preciso fazer o boneco...?

O tal Pina-laden não paga as quotas á ORDEM...é um sanitarista de bolso...faz que faz , mas não faz...

Ponham lá no seu lugar quem devia estar o COLEGA ROSINHA...

Anónimo disse...

Acham que o pequeno vegetal é o ideal ? Parece que não resultou muito bem.

Porque é que ele regressou? Nesses lugares, muito bem pagos, geralmente renova-se a comissão

Anónimo disse...

Esta da Pequena Rosa, cheira-me a auto-propaganda ou o interesse de um grupo de Moçambique.

É verdade que ele é unha e carne com o Barão de Agrião.

Anónimo disse...

O DIA DO VETERINÁRIO

A última revista da Ordem,publicou umas fotografias sobre as cerimónias do Dia do Veterinário em Santarem.

Não há dúvida que estava uma pequena multidão nas referidas cerimónias. Contraria o que se dizia, que não estava ninguém.

Há pessoas muito má línguas, pessimistas...

Anónimo disse...

em Santarém dizem inclusive que o tal de Moita Flores disse ao aouvido do Barão de Culhón quem relamente matou a Maddie


vet-la-para-os-lados-do-escoural-a-procura-da-vanda-e-do-meu-rebento