9 de novembro de 2008

O NOVO PREDADOR

Todas as circunstâncias na vida, das pessoas ou das instituições, reclamam resoluções ou decisões. Prefiro mesmo o anglo-saxónico “fazer uma decisão”, do que o latino “tomar uma decisão”. Realmente qualquer decisão tem sempre algo de composição, mesmo que num espaço de tempo muito curto e na ausência de alguns dos elementos necessários à decisão mais adequada (se é que isso existe).

Numa instituição, como o caso das Associações Profissionais, muitas das decisões tem um carácter especial pois vinculam a instituição (e os seus associados) relativamente a determinado tema ou assunto, resultando esse processo de alguma discussão interna, de ponderação de todos os argumentos, da auscultação de diferentes sectores, muitas vezes até fruto do estabelecimento de Grupos de Trabalho com esse fim específico.

Para Paul Watson. autor d’”Uma verdade muito inconveniente”, a indústria de gado é uma das mais destrutivas do planeta, muito mais responsável pelo efeito de estufa que a indústria automóvel, tendo a vaca doméstica se tornado no maior predador dos mares e oceanos.

Sobre o assunto pouco vem sendo dado à estampa e sempre em páginas secundárias… no plano das Ciência Veterinárias igualmente muito pouco… da Profissão Veterinária esperar-se-á muito mais do que a indiferença ou mesmo as reservas relativamente a dados inquestionáveis. Estão em causa práticas de produção animal, a utilização intensiva da terra arável e outros recursos, como a água, relativamente aos quais se esperaria uma posição dos Médicos Veterinários.

Pode não parecer a prioridade das prioridades da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), mas a breve prazo a sustentabilidade da produção agro-pecuária, prevista nos modelos de exploração apoiados por investimentos do Estado, a par com a gestão dos recursos agrícolas e a protecção do ambiente, vão exigir uma resolução muito clara dos Médicos Veterinários.

Muitos pensarão que não temos nada com o assunto… o grande problema é que as decisões que a esse nível forem tomadas vão ter reflexos indeléveis no futuro da profissão, a começar pela empregabilidade de um sector muito importante da profissão.

Por essa razão, melhor será estamos por dentro e assumirmos a decisão mais equilibrada, em vez de sorrir sobre argumentos que a priori parecem estapafúrdios e ficarmos de fora dessa discussão.

Um bom exemplo diz respeito à nova legislação de licenciamento das explorações pecuárias. Tentou, sequer, a profissão fazer ouvir a sua opinião sobre um assunto que vai ser decisivo na acção de Médicos Veterinários Oficiais e Médicos Veterinários Práticos (animais de exploração)? A resposta é óbvia…
Vamos ter uma nova legislação, em execução já no início do próximo ano, sem sequer sabermos como e de que argumento resultou, mas cuja execução nos vai cair nos braços… depois vamos lamentar os “erros” do legislador… o habitual, lambemos as feridas e ficamos a sentir pena de nós próprios.

7 comentários:

Anónimo disse...

Boa ...

Ainda o POBRE do SS não aqueceu a cadeira e zás...está colocado no... ALVO...

Da mesma forma que foram agendadas e discutidas outras coisas naquilo a que se admitiu ser a ORDEM,porquê dos que ainda estão em funções , não huove NINGUÉM com esse rasgo de sabedoria???

É de lamentar que o POBRE do SS está num novelo difícil de mexer, e com apoiantes destes ...porra!!!

O que a ORDEM precisa não é o que os MELIANTES do RR ou do AM fizeram ,coadjuvados com o Bichona,o ED tonto,a Colcha,o Embirra, o CHISPARibeiro, o LuÍs sacode , o BioESTUPOR,o Atum de Biscoitos,a ROFEIA,o Salas, o Zé Burro, o Florievora, o galvoeira e tal...seja quem for deve ter TRANQUILIDADE senão está o CALDO ENTORNADO...

Entre todo o mal...vamos deixar o SS trabalhar...e não vai ser fácil, precisa de todos nós...e de certeza vamos ser poucos...

Essa e outra das preocupações da Classe devem ser levantadas nos sítios certos...vamos ajudar...


não @convencido

Anónimo disse...

A ARGUMENTAÇÃO IRRACIONAL

O "Não convencido", acaba de expor as suas preocupações, mas mais parece estar contente com as dificuldades que vão ser levantadas ao SS pelas razões que ele apresenta.

Mas, digo que são argumentações irracionais, porque o "não convencido", esquece-se que o SS acaba de tomar posse e logicamente essa matéria passou-se no reinado do Conde de Abrunhos. Terá este sido ouvido? Se foi consultado o que fez?

Agradeço quem me informe

Totalmente @ não convencido.com

Anónimo disse...

Não é assim que vamos lá!

Como de costume andamos à procura dos culpados( dos anteriores, dos que estão e dos que hão-de vir).

Lamentável porque a falta de discernimento retira uma boa oportunidade para sermos parte da solução e não o inverso.

Vamos lá a pensar naquilo que o Clint colocou à reflexão e dar o contributo de profissionais e até de pessoas preocupadas com o que as alterações climáticas e demais excessos estão a trazer à grande maioria da população.

Penso que seria oportuno um debate( ou algo equivalente) para podermos criar as condições para uma abordagem objectiva e célere desta questão.

Quem tem números, para se poder apresentar à Ordem, uma proposta de iniciativa?

Sovet

Anónimo disse...

oh não convencido deixa-te de MERDAS e toca a trabalhar...

ficas sem um dia de ordenado ,se o Socrates do magalhães descobre...

Anónimo disse...

Sabes a diferença entre o RR e o SS?

Eles também não, mais para a frente vais ver que não é nenhuma só que com o RR ninguém levava a sério nada!

Anónimo disse...

http://velhacodomester.blogspot.com/

Anónimo disse...

Continua a nevar no Verão argentino
Os argentinos continuam perplexos com as suas temperaturas de Verão. Calor e frio misturam-se por toda a Argentina. A par de temperaturas de 45 ºC nas grandes cidades, registam-se quedas de neve com temperaturas negativas noutras áreas.

Voltou a nevar na estância turística de Bariloche. Agora já em Janeiro, de 2008, no pino do Verão. Com temperaturas abaixo de zero. Os veraneantes, no meio das suas caminhadas pela serra, foram surpreendidos com a queda de neve.

Os Serviços Meteorológicos argentinos explicam (mal) o fenómeno como consequência de massas de ar frio do Pacífico. Mas foram anticiclones móveis polares saídos do Antárctico a causa da queda de neve.

Não há dúvidas que o Antárctico tem arrefecido – e bem! – na zona de nascimento dos AMP austrais. Também foram AMP que causaram o calor na Austrália, contrariamente à insinuação da OMM repetida pelo IM.

É tudo uma questão de interpretação dos resultados. Os crentes no «global warming» encontram gases satânicos (antropogénicos, como o dióxido de carbono, o metano e outros) por todo o lado. Faça chuva ou faça sol, são eles os culpados.

Tanto faz que aconteça na Argentina, na Austrália ou no Iraque. Avança-se com a explicação dos gases e pronto, está dito. Haverá explicação mais simplista? Para quê analisar cartas sinópticas? Interessa olhar para as imagens dos satélites meteorológicos?

Prof. Rui G. Moura

in: http://mitos-climaticos.blogspot.com/