26 de dezembro de 2003

Há.......................AH!

- 60.000 Automóveis em circulação sem seguro e 10.000 roubados a circularem por aí?
- 30.000 Crianças maltratadas?
- Lotas nem sempre com inspecção sanitária?
- Milhares de estabelecimentos comerciais sem alvará, ou com licença a título precário durante demasiado tempo?
- Milhares de prédios sem licença de habitabilidade, mas já habitados?
- Água de abastecimento público, em muitas aldeias, vilas e cidades, imprópria para consumo?
- Falta de saneamento básico aqui e ali?
- Milhões e milhões de euros de dívidas ao Fisco e à Segurança Social?
- Matadouros sem condições para um exercício de inspecção adequado à defesa da Saúde Pública?
- Falta de conservação e manutenção de estruturas?
Somos atrasados!
Que importância tem tudo isto se estamos na U.E., dirão alguns? Mas não deixaria de ser interessante, dizemos nós, avaliar-se em profundidade a civilização terceiro-mundista em que uns quantos estrebucham, outros chafurdam e a maioria nem sequer se dá conta, ou não lhe dá a devida importância, apesar das funestas consequências debitadas permanentemente. Estamos na cauda da Europa......
Somos atrasados!
Se considerarmos a vivência de séculos que temos como Nação, não é possível deixar de reflectir sobre tudo isto e espantarmo-nos com a falta de interesse por parte de alguns dos cidadãos mais instruídos em exigir que os seus direitos sejam respeitados.
Somos atrasados!
Visceralmente somos tão pouco eficientes que, na maioria das situações, não se estabelece um programa de luta bem estruturado e, muito menos, uma estratégia, mesmo sabendo que, em certos casos, para obter resultados é necessário actuar-se durante mil anos...... Em vez disso, os governos optam por pôr em prática processos de combate contra as consequências dos males que nos afligem deixando para uma próxima oportunidade a luta contra as causas..... Os políticos actuam como os “soldados da paz” que combatem os incêndios (consequências) porque não podem combater as causas.
Será que não estamos atrasados?
Vá, comente, participe! Faça algum esforço; faça ouvir o seu protesto para que venha a ser possível vivermos num país melhor!

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