Fui na velha Escola Superior de Medicina Veterinária brindado com uma destas peças de equipamento... lá para o terceiro ano... que toda a gente usava, e usa, como um ícone, um pin, uma referência da Medicina, mais do que como auxiliar de diagnóstico.
Ao tempo o diagnóstico era tido como uma arte, mau grado haverem diagnosticadores do tipo: "resolução de equações a uma ou duas incógnitas", "resolução de inequações"... por aí fora.
E dizia-se "...mediante o diagnóstico é favorável o prognóstico...", citando uma das conhecidas sumidades da "Escola".
Quem cuida da componente artística dos jovens licenciados? A Universidade mantém um grande distanciamento do produto que lança no mercado de trabalho e até o "estágio para obtenção do grau de licenciatura" é promovido de forma muito incipiente, talvez mais nuns cursos que noutros (como em tudo há sempre quem se destaque), mas quase sempre conseguido à custa do esforço pessoal do interessado e em grande medida resultante da sua "capacidade" para encontrar um bom orientador.
Agora que há para aí tanto curso de Medicina Veterinária, pergunta-se: qual é a sua posição no ranking das Universidades portuguesas? Se a preocupação com o "estágio profissional" que a Ordem pretende institucionalizar for critério de classificação, não tenho dúvidas em afirmar que o nível é apreciável! Qual é a visão de cidadania, preconizada pelo processo de Bolonha, que os cursos de Medicina Veterinária vão adoptar? como vão "...criar o gosto pelo saber, pela aprendizaggem de valores e pela aquisição de uma metodologia de trabalho"?
Se os Cursos (oficiais) de Medicina Veterinária foram tão céleres a escrever ao Bastonário manifestando a sua preocupação pelo acesso à profissão (estágio profissional e exame à Ordem), como não são capazes de entre si se entenderem quanto ao perfil dos licenciados que andam a produzir?
18 de outubro de 2004
ESTETOSCÓPIO
Pareceu a Meryl às 19:08
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