4 de outubro de 2004

Vulpes vulpes

É mesmo urgente que apareçam Vets na Política. A Ordem é composta por funcionários públicos que em vez de se baterem pelos interesses reais e futuro da classe, não têm nenhuma independência para o fazer pois têm de obedecer não aos interesses da profissão, mas sim, ao que o "patrão" (Director-geral, Secretário, Ministro), determina, sob pena de serem votados ao ostracismo (leia-se prateleira) lá na repartição onde labutam já que não podem ser postos na rua. Até ver, p'ra já...
Isto não seja tido como crítica. É o que é. É a classe que somos.
Quando a profissão um dia passar a ser eminentemente liberal (como o é nos outros países desta UE onde vivemos) e começar a sentir as reais agruras da vida no pêlo, as coisas poderão começar a mudar.
Enquanto os Vets se escudarem no empregozito medíocre mas seguro do Estado e fizerem da profissão (clínica, etc) um biscate pós laboral, regra geral em consultórios e clínicas de vão de escada que não dignificam em nada a imagem pública da profissão, nada mudará no status quo que se arrasta há muitos, muitos anos. Talvez os novos Vets apareçam com outra postura dada a tempestade que se lhes avizinha. Mas tenho dúvidas! Com a agricultura (?) a dar últimos suspiros e os urbanos cada vez com menos dinheiro nos bolsos para pagar as facturas com a saúde dos animais de companhia, mal vai de facto o futuro da profissão se não aparecerem e já, Vets na política. Lembrem-se: o recente episódio da BSE constituiu uma enorme oportunidade para visibilidade da profissão. Ordem e Sindicato pouco ou quase nada foram capazes de tirar partido da excelente situação... etc. etc. Não sabem de política, são coxos em marketing.
Nada disso. Simplesmente os "patrões" proibiram ou mandaram calar, suas Exas os bastonários, de se pronunciar sobre os temas. Simples!
Take Five

Mais do que VETS na política melhor seria não ter raposas a dirigir a profissão… enquanto assim for a confusão com o pobre ratito é um enorme risco…

A ver o que diz o Fernando…

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