1 de março de 2009

VENDER A PROFISSÃO

Muito oportuno o post da colega Patty Khuly sobre a parafernália à venda nas clínicas .

Para os mais puristas trata-se de actividade a banir dos Centros de Atendimento Médico-Veterinário, baseado no princípio que a actividade do centro se deve afastar totalmente de qualquer actividade comercial... no outro extremo, talvez pela própria tendência pessoal do Médico Veterinário, a venda de rações, coleiras, brinquedos, etc. etc. quase se assume como a principal actividade do centro.

Pessoalmente não me aflige por aí além que associado ao estabelecimento se comercializem muitos desses produtos, desde que se saibam manter os limites e que os produtos à venda não tornem o centro numa espécie de bazar... importa pois definir bem esses limites.

Até que ponto estamos a vender a profissão? Até que limites éticos é admissível a actividade comercial em paralelo com o exercício da profissão?

15 comentários:

Almavet disse...

Caro Clint!

Ir à origem destas práticas talvez seja uma boa oportunidade para perceber os "porquês" e certamente entender a evolução da questão que coloca.

No inicio, os centros de atendimento MV , recuemos a meados do século passado, era uma actividade "acessória" e exercida em fim de tarde, para não falar na realidade rural, em que era parte integrante que se incluía na rotina dos clínicos de campo.

Só a vacina da raiva que tinha sido instituída oficialmente foi atribuída aos médicos veterinários municipais.

Também a necessidade em medicamentos e outros produtos era escassa para despertar o interesse por actividade comercial específica, pelo que os Colegas se viram na obrigação de encontrar eles próprios soluções adequadas às necessidades.

Os laboratórios de medicamentos comercializavam muito poucos aplicáveis à clínica dos pequenos animais, pelo que nem era "interessante" para eles constituírem grandes stocks, nem redes de comercialização autónomas, integrando os que se justificava, no circuito existente dos distribuidores e agentes.

Os únicos clientes eram no entanto os Colegas, que certamente não "davam" os produtos e medicamentos e por isso, os vendiam com a alguma margem que evitasse terem prejuízo com as quebras e outros precalços.

As farmácias forneciam também algumas especialidades que embora de uso humano eram aplicáveis aos animais de companhia, mas com um volume que não justificava também interessarem-se por negócio tão reduzido.

Daí que nos consultórios (como na altura se chamavam) fossem aumentando a variedade desses produtos e também de rações a acessórios, por representarem alguma autonomia e constituírem uma fonte de rendimento não negligenciável.

Com o "boom" dos Centros de atendimento, o interesse das várias personagens começou a "aparecer", como os mais velhos se recordarão desde logo pelo interesse dos "distribuidores", farmácias, alveitares e criadores.

O significativo aumento de utilização que resultou do aparecimento de um grande número dos tais centros e o volume comercial correspondente, criou condições para o aparecimento de uma actividade de crescente interesse para que os Colegas pudessem com esta parcela de rendimento, fazer face aos encargos que a actividade dos ditos centros acarretava.

Mais recentemente, incluída na legislação sobre medicamento veterinário, foi finalmente "conseguida" a autorização para a comercialização dos referidos medicamentos pelo médico veterinário, como garantia a uma maior acessibilidade e facilidade de intervenção clínica e portanto, da prestação de cuidados de assistência aos animais a que dê assistência.

Assim parece que esta evolução consagra que é o mais adequado mecanismo para um melhor serviço, pese embora alguns exageros e do ponto de vista Ético algumas práticas sejam derivas negativas do que deve ser este tipo de prestação de cuidados.

Não me parece pois que seja um "negócio" autónomo para a maioria dos colegas, mas faz hoje parte de uma realidade à qual não me parece haver alternativa.

Assim também sucede noutros países, pelo que não é uma "originalidade" e até a constituição de uma cooperativa de Colegas a CODIVET, prova que esta evolução é a mesma que já sucedeu lá fora.

Isto não justifica abusos, nem comportamentos, que a Classe reprova e a nossa Ordem deve combater.

Anónimo disse...

Não sejas tolinho.....



Então não vês que andas a fazer o papel de lorpa.....


E os distribuidores via internet????......e os Espanhóis.....?????

O que está em causa é a venda das traquitanas todas............

Anónimo disse...

Qual a diferença?

Quem não percebe a diferença entre eles é porque fica a dever à inteligência!

Querer que os vets se transformem em loja dos "chineses" para combater a "concorrência" vai pelo caminho que leva a transformar-se num "deles" e... por isso a deixar de ter as regras dos outros veterinários, fica mais enquadrado na categoria de "saltimbanco" encartado!

Sovet

Anónimo disse...

Há colegas que vendem capas para a chuva e ração a granel,já não falando nas seringas com antibióticos receitados por outros colegas.

Anónimo disse...

"colegas"!!!

Também concordo que estes são os CIGANOS DA CLASSE.

Não são Colegas, são oportunistas que urge confrontar com as responsabilidades!

A Ordem serve para isso mesmo, se não dispensavam-se as regras a que estão todos sujeitos.

Alkimista

Anónimo disse...

E quem vai vender dietas médicas? As farmácias?
Vamos dar-lhes mais esse quinhão?

Anónimo disse...

Lorpas e tontinhos são todos aqueles que julgam que os tempos não mudam e que, quer a indústria, refiro-me à dos medicamentos,produtos biológicos etcª veterinários,quer as farmácias, quer os pet shops, vão largar o naco de milhões de euros que aqueles produtos representam no mercado.
Não se ponham a pau os veterinários.
Não se associem à CODIVET e mais cedo que pensamos estamos alegremente comidos.

Anónimo disse...

Como se pode aderir a uma sociedade que tem pés de barro!!!!!!!!!!!

Como se pode aderir a uma sociedade que deve €€€€€€€€€ ao Sindicato????????


como se pode acreditar numa coisa feita por vetes sacadores!!!!!!!!!!!!

Eu continuo a comprar nos meus fornecedores.....estão mais próximos e tratam-me bem....a mim e aos meus clientes!!!!!


Não acredito que vou ser comido!!!!!!os da CODIVET sim esses já o foram antes de serem.....é tipo pescada!!!!

Anónimo disse...

Caramba, sempre são 187x2com pés de barro.

Claro que devem ao Sindicato, com dívida titulada e garantias de restituição.

Trata-se de uma sociedade de natureza COOPERATIVA;saberá certamente o que isso significa.

Caro colega defina o que quer dizer com veterinários SACADORES?
Não acredito que conheça os asociados da CODIVET, senão a sua afirmação é uma ignomíniosa calúnia,indigna de um Médico Veterinário decente.

Sendo euassociado e conduzindo-me pelos mesmos codigos que o colega, sinto-me insultado com a sua afirmação.

Não vejo no post que está a comentar o que quer que seja que insulte ou diminua a concorrencia dos demais distribuidores que são igualmente meus fornecedores, embora não exclusivos e meus amigos de longa data, com quem privo muitos vezes.

Mas todos eles sabem que sou SÓCIO da CODIVET e com muita honra.

Da minha cooperativa só tenho a dizer que me tem ajudado fiscalmente,técnicamente com informação terapeutica e farmacológica que mais ninguém me fornece e já recebi largas centenas de euros por conta da percentagem de compras na CODIVET.
A propósito, porque será que só a minha cooperativa é que tem tabela de preços?

Que eu saiba de nada vale falar-se em valores de descontos percentuais se não conhecermos sobre que preços incidem.

Não tenho dúvidas que na CODIVET não estou a pagar eu as benesses que são proporcionadas aos grandes cmpradores, o que é uma técnica de venda velha como o mundo, não sendo ilegal não me parece justa.

Quando me sentir comido levanto o problema em assembleia geral onde o meu voto vale exatamente o mesmo que o do colega ou colegas maiores compradores.
A CODIVET É MINHA E DOS OUTROS ASSOCIADOS POR IGUAL.

A CODIVET É A MAIS PROMISSORA ASSOCIAÇÃO DA PROFISSÃO e,desde já a mais poderosa económica e financeiramente.

Assim o queiram os MEDICOS VETERINÁRIOS CLÍNICOS que querem e merecem crescer com base nos bons serviços prestados e não só no facto de estarem há mais tempo no mercado.

Um jóvem sem pés de barro e que acredita na CODIVET.

Anónimo disse...

Pois...e como é que se compraram os stocks, se fizeram as obras, se pagaram os funcionários,etc, etc?

Claro que até dá margem para "receber" participações, mas pagar a quem devem, mais devagarinho!

É fácil estar a trabalhar com o dinheiro dos outros!

A que custo foi acertado o "empréstimo" e qual foi o prazo estabelecido para a liquidação da dívida?

O Colega já perguntou em Assembleia Geral? Qual a resposta?

Assim é fácil ser-se "próspero"...olá se é!

Considero que foi um abuso de confiança cometido contra os Sócios do Sindicato e a quem nunca foi dada qualquer explicação.

É uma organização muito Ética!

Anónimo disse...

O Carvalho da Silva enganou-se....



Estavam lá 200.001......na manif da Av da Liberdade!!!!!


Estava quase a acaber e nisto chegou num minúsculo micra o Ed.Tonto.....era um verdadeiro TS...

Coitado nem teve tempo de montar as traquitanas cedidas pela Codivet......

Ele anda arrasado com o desprezo dos empoleirados.......SS & RR e companhia.


Vão ter troco!!!!!!

Anónimo disse...

Ao/à colega que "considera" ABUSO DE CONFIANÇA o apoio do SNMV à CODIVET, desafio-o/a a apresentar, em coerencia com a grave acusação que produziu, a queixa crime contra o presidente da Direcção à altura dos alegados factos.

Edmundo Pires

Anónimo disse...

Ei caro ED você está mesmo tonto né???

vai levar areia pró deserto.....já tresandas!!!!!


GOLPISTA!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Ao colega que usa o pseudónimo de GOLPISTA, OS MEUS RESPEITOSOS AGRADECIMENTOS pelas amistosas recomendações.
ASSIM FAREI!!!!!!!!!

Edmundo Pires

Clint disse...

Agradeço o extenso e fundamentado comentário da vizinha Almavet, muito embora não se refira exactamente ao tema… em lugar algum o post se refere a medicamentos ou alimentos medicamentosos.

Referia-me a artigos destinados a animais, desde coleiras a brinquedinhos, de gaiolas a caixas de transporte de animais, de “ossos” de colagéneo a guloseimas, e por aí fora…

Muito menos falei da CODIVET, iniciativa aliás a merecer um post… do “Veterinário precisa-se…”, mas que o Conselho de Administração tem vindo a adiar.