13 de setembro de 2004

VET MUNICIPAL / AMBIENTE

Quem está em contacto permanente com o campo – como acontece com um agricultor ou com um médico veterinário municipal – é quase impossível não reparar em certos factos que se repetem ciclicamente. Estamos a pensar na emigração de certas aves; no cair das folhas de algumas árvores; na construção dos ninhos; no início da floração; em possíveis comportamentos de uma grande série de “insectos” face às condições climáticas, como acontece, por exemplo, com o escaravelho da batata que tem a sua actividade condicionada ao Nº de horas de dia; enfim, num grande número de outros fenómenos.
Na vivência destas pessoas estes fenómenos podem ser tão corriqueiros, tão banais, que podem passar-lhes ao lado sem a sua atenção ser despertada. No entanto, creio, bastará um motivo e uma oportunidade para já não ser assim.
Motivo existe: está em curso uma certa alteração climática donde possivelmente resultarão perturbações em alguns habitats.
Oportunidade também existe, especialmente para o médico veterinário municipal, mesmo muito maior que para um biólogo. Ao médico veterinário municipal – se estiver para aí motivado – será fácil contactar com factos que o alertem para alterações (muito precoces) do ciclo evolutivo ou do habitat (por exemplos) duma carraça, duma ave, ou de uma borboleta......Mesmo que o médico veterinário não tenha tantos conhecimentos especializados como um biólogo, contudo, em relação a ele estará em nítida vantagem visto o problema das oportunidades de contacto com o objecto de estudo lhe ser francamente favorável.

Não há nenhuma alteração a um habitat que lhe tenha chamado a atenção?
Não deu conta de alguma alteração climática susceptível de interferir com a vida dum determinado insecto, por exemplo um mosquito?
Estamos numa época em que a valorização pessoal é indispensável e a competição acesa!

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