25 de setembro de 2003

OUTRA VEZ A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (2)

Cada vez estou mais baralhado com o que se diz sobre esta reforma; baralhado porque, aparentemente, as “notícias” não têm coerência. Parece não haver uma linha de rumo claramente exequível. É sabido que, infelizmente, as notícias nem sempre são prestadas de forma isenta, i.é., com a intenção de, de facto, informar adequadamente. Muitas vezes espelham apenas o lado político do problema, o que mete pena! Neste caso, o que delas podemos deduzir é que a dita reforma está a ser gizada por quem não está por dentro dos problemas, ou que as pessoas dela incumbidas nem sequer estão bem assessoradas. Que a questão é complexa não resta qualquer dúvida e por isso mesmo todas as informações para o público deveriam revestir-se da máxima cautela. Caso contrário, surgirá grande contestação a qual em nada favorecerá a execução da reforma. Reina um aumento da desordem e da incerteza (?) no seio de vários sectores da A. P., o que indicia, sem sombra de dúvida, uma verdadeira crise....
Começo a pensar que Saint-Just tinha total razão ao dizer:
“ Todas as artes produziram as suas maravilhas; só a arte de governar não produziu senão monstros”

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