12 de setembro de 2003

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Num post anterior ficou bem patente a minha descrença na dita reforma e cada dia que passa mais me convenço de que ela será um fracasso.
O governo parece estar centrado na modificação do estatuto do pessoal dirigente. Desta vez, no Público de hoje, diz-se que o mandato do dito pessoal dirigente não ultrapassará a duração de 12 anos consecutivos. Como se isso fosse fundamental. Então para que servirá a avaliação do desempenho? Porque não mais de X anos se o dirigente for competente?
Esta é uma medida avulsa que em nada contribuirá para a mudança de mentalidade que acabe de vez – como refere Correia de Campos, no Público de hoje – com uma Administração “centralista, pesada, desresponsabilizante, afastada do cidadão, confundindo a regulação com a prestação de serviços, regida por regras financeiras arcaicas.....” Ou estarei enganado?
Que mais será preciso dizer-se para que cada um de nós evidencie as suas dúvidas? Reclame; demonstre não estar apenas obcecado pelo imediato. Faça uso do seu espírito crítico! Então, ninguém se sente moderno, avançado?
Ou será que mais uma vez os veterinários vão deixar correr as coisas para só depois de consumadas as asneiras balbuciarem algumas “reclamações”...... ou encostarem a cabeça ao muro das lamentações.

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